Muitas pessoas acreditam que a guarda compartilhada é sempre o melhor caminho para os filhos, mas isso nem sempre é verdadeiro. A lei geralmente favorece a guarda compartilhada, pois acredita-se que é benéfica para o desenvolvimento das crianças manter contato frequente com ambos os pais.
No entanto, os tribunais avaliam caso a caso, levando em consideração fatores como a relação entre os pais e a capacidade de cada um em cuidar das crianças. Em algumas situações, a guarda exclusiva pode ser a melhor solução para a estabilidade emocional dos filhos.
Advogados de família ressaltam que, mais do que um 'direito dos pais', a guarda deve ser vista como uma responsabilidade em torno do bem-estar dos filhos. E, em casos de conflito extremo entre os pais, a guarda compartilhada pode trazer mais malefícios que benefícios para os pequenos.
O conceito de ‘melhor interesse da criança’ é o fator norteador em todos os casos de guarda. Isso significa que as decisões judiciais são tomadas com base em como o arranjo afetará o bem-estar físico, emocional e mental dos filhos.
A saúde, segurança, estabilidade e o histórico de cuidado são considerados no tribunal. Pais que demonstram comprometimento, estabilidade e empatia têm mais chances de ganhar a guarda, independentemente de status financeiro ou posição social.
Assim, advogados de família recomendam que os pais mantenham um foco constante no que é mais saudável para os filhos. Esse enfoque não só facilita a decisão do juiz, mas ajuda a criar um ambiente mais saudável para a criança no longo prazo.
Os conflitos intensos e prolongados entre pais não apenas prejudicam a saúde emocional das crianças, mas também impactam a decisão de guarda. Tribunais preferem ver pais colaborativos e dispostos a comunicar-se.
Quando um dos pais constantemente dificulta o relacionamento do outro com a criança, o juiz pode considerar isso como um ponto negativo. Advogados de família sempre orientam que a cooperação e o respeito são fundamentais para decisões positivas de guarda.
Na prática, demonstrações de maturidade e respeito mútuo são valorizadas e podem ser um diferencial na decisão final sobre quem tem a capacidade de proporcionar um ambiente mais saudável para o desenvolvimento da criança.
Em muitos casos, especialmente quando a criança atinge uma idade em que consegue expressar seus desejos com clareza, a opinião dela pode ser levada em conta no processo de guarda.
Embora a voz da criança não seja o único fator, ela pode ser um peso na decisão, especialmente em casos onde ambos os pais estão em condições semelhantes de prover um lar estável e seguro.
Advogados de família aconselham que os pais respeitem a vontade dos filhos e sejam transparentes com eles, sem pressioná-los ou manipulá-los. Quando a criança sente que sua voz é ouvida, o processo se torna menos traumático e mais humano para ela.
O impacto da separação dos pais pode ser atenuado ao máximo quando a criança mantém uma rotina consistente e previsível, especialmente em aspectos como escola, amigos e atividades extracurriculares.
As mudanças de residência ou escola podem ser estressantes, e muitos tribunais priorizam a estabilidade geográfica e social da criança ao decidir sobre a guarda.
Advogados de família defendem que essa estabilidade é fundamental para o bem-estar emocional da criança. Manter a continuidade da rotina, mesmo após a separação, ajuda a criança a sentir segurança e previsibilidade, facilitando o processo de adaptação.
A guarda dos filhos não é apenas uma questão de onde a criança passa seu tempo, mas também de quem é responsável por seus custos e necessidades diárias. Os tribunais geralmente determinam que ambos os pais contribuam financeiramente para o bem-estar da criança.
O planejamento financeiro é uma peça chave no acordo de guarda e pensão alimentícia. Um acordo claro ajuda a evitar conflitos futuros e a garantir que a criança tenha todos os recursos necessários para seu desenvolvimento.
Advogados de família alertam que esses pontos devem ser abordados com cuidado e transparência, pois uma estrutura financeira sólida evita desgastes emocionais e proporciona estabilidade para os filhos.
As necessidades das crianças mudam com o tempo, e arranjos de guarda rígidos podem não ser mais adequados após alguns anos. A flexibilidade no acordo de guarda é essencial para que ambos os pais possam adaptar-se a novas circunstâncias.
Mudanças na vida dos pais, como novos empregos, cidades ou relacionamentos, podem impactar a logística da guarda e precisam ser discutidas abertamente.
Advogados de família enfatizam que a adaptabilidade e a comunicação constante são chaves para manter um ambiente familiar saudável, mesmo em contextos de separação. Estar aberto a ajustes demonstra maturidade e um comprometimento contínuo com o bem-estar dos filhos.