Um dos erros mais comuns na advocacia é não estar atualizado sobre as alíquotas de ITCMD, que podem variar de estado para estado e sofrer alterações com certa frequência. A falta de atenção a essas mudanças leva ao cálculo incorreto e, consequentemente, à aplicação de um valor a menor ou a maior, impactando diretamente os clientes.
A pressão em administrar diversos casos simultaneamente pode fazer com que muitos advogados desconsiderem a necessidade de consultar a legislação vigente antes de realizar o cálculo. Essa prática leva a erros evitáveis e prejudica a confiança do cliente, que espera um serviço preciso e sem surpresas desagradáveis.
Para evitar esse problema, é fundamental estar constantemente atualizado sobre as normas do ITCMD em cada jurisdição. Muitas vezes, simples consultas aos diários oficiais ou a bases de dados especializadas podem evitar esse erro e garantir a exatidão do cálculo.
Nem todos os bens têm a mesma tributação no ITCMD, e ignorar essa especificidade é um erro que pode custar caro. Alguns bens, como ações ou bens de alto valor, possuem tratamento diferenciado, e essa peculiaridade deve ser considerada no cálculo para evitar distorções.
Ao não considerar as diferentes características de cada bem, o advogado corre o risco de subestimar ou superestimar o valor do imposto, comprometendo a transparência com o cliente e gerando um custo desnecessário que poderia ter sido evitado com uma análise mais detalhada.
Para uma precisão maior, é importante fazer um inventário detalhado dos bens e aplicar as alíquotas específicas de acordo com a natureza de cada um. Uma boa prática é usar uma planilha ou sistema que permita uma classificação prévia dos bens, evitando assim o cálculo incorreto do ITCMD.
Muitos advogados acabam calculando o ITCMD de forma isolada, sem levar em conta doações feitas anteriormente pelo contribuinte. Esse erro ignora o efeito acumulativo das doações e pode resultar em um cálculo errado, uma vez que muitas jurisdições somam as doações prévias para definir o valor final do imposto.
A falta de análise histórica das doações feitas pelo contribuinte gera um cálculo incompleto e que não atende à regulamentação. Em muitos casos, essa omissão pode acarretar penalidades ou mesmo ações judiciais, afetando negativamente o cliente e a reputação do advogado.
Para evitar esse erro, é essencial levantar o histórico completo de doações do contribuinte antes de qualquer cálculo. Essa análise prévia garantirá que o valor do imposto seja calculado corretamente, respeitando a legislação vigente e assegurando que o cliente esteja em conformidade com todas as exigências fiscais.
O cálculo do ITCMD exige que se apure o valor venal dos bens, mas essa avaliação nem sempre é simples. Um erro comum é subestimar a complexidade desse processo, resultando em uma avaliação incorreta e, consequentemente, em um cálculo impreciso do imposto.
O valor venal deve ser obtido com base em critérios objetivos e pode variar dependendo do bem e da jurisdição. Muitos advogados acabam utilizando valores de referência inadequados ou desatualizados, o que compromete a exatidão do cálculo e pode levar a questionamentos futuros.
Para evitar esse tipo de erro, é recomendável que o advogado consulte especialistas em avaliação de bens quando necessário e utilize fontes confiáveis de referência de valores venais. Essa atenção aos detalhes garantirá uma apuração mais precisa e reforçará a confiança do cliente na condução do processo.
O ITCMD é um imposto que está sujeito a constantes mudanças legislativas, e a falta de antecipação a essas alterações pode resultar em um cálculo equivocado. Esse erro ocorre quando o advogado não acompanha de perto as discussões e propostas de alteração na legislação tributária, ignorando potenciais impactos no valor do imposto.
Um exemplo comum é quando mudanças no regime de isenção são propostas e aprovadas sem que o profissional esteja ciente. A aplicação de regras desatualizadas pode levar a um cálculo incorreto, gerando um custo adicional para o cliente e, em casos mais graves, implicações legais.
A melhor forma de evitar esse erro é acompanhar as alterações propostas e, sempre que possível, orientar os clientes sobre os possíveis impactos dessas mudanças. Além de demonstrar conhecimento atualizado, essa prática reforça a relação de confiança com o cliente e previne surpresas desagradáveis durante o processo.