Um dos erros mais frequentes em contratos imobiliários é aceitar garantias sem analisar a solidez financeira do garantidor. Muitas vezes, na pressa de fechar o negócio, confia-se em uma garantia que, no momento do aperto, pode não ser suficiente para cobrir os prejuízos.
Por exemplo, aceitar uma fiança de uma pessoa física sem avaliar sua capacidade financeira pode colocar todo o contrato em risco. Caso essa pessoa não tenha os recursos necessários no momento de uma inadimplência, você ficará sem cobertura.
Certifique-se de exigir documentos que comprovem a capacidade financeira do garantidor, como extratos bancários, declarações de imposto de renda e outros elementos que atestem sua solidez.
Outro erro comum é a falta de formalização adequada das garantias contratuais. Um acordo verbal ou um documento mal redigido pode se tornar um pesadelo jurídico caso surjam problemas.
Garantias contratuais precisam estar bem especificadas e formalizadas por meio de cláusulas claras, devidamente assinadas por todas as partes envolvidas. Isso evita interpretações errôneas e protege seus direitos.
Sempre recorra a um advogado especializado para redigir ou revisar os contratos. A segurança jurídica de um contrato formalizado adequadamente não tem preço e pode poupar grandes dores de cabeça no futuro.
Imprevistos acontecem, e uma garantia que parecia robusta no início pode se tornar insuficiente ao longo do tempo. Ignorar a inclusão de cláusulas de substituição da garantia é um erro estratégico grave.
Por exemplo, se o garantidor perde sua capacidade financeira ou se o bem oferecido como garantia sofre uma desvalorização significativa, o contrato pode ficar desprotegido.
Previna-se incluindo cláusulas que permitam substituir a garantia original por outra equivalente ou superior em caso de necessidade. Isso mantém o contrato seguro e evita situações de risco.
Muitas pessoas aceitam garantias que, na prática, não são suficientes para cobrir possíveis perdas. Esse erro pode ocorrer tanto por desconhecimento quanto por negligência na análise do valor das garantias.
Imagine que o imóvel locado sofra um dano significativo ou que o locatário deixe de pagar os aluguéis. Se a garantia oferecida não cobre esses prejuízos, o proprietário terá que arcar com os custos sozinho.
Avalie criteriosamente se o valor e o tipo de garantia são adequados ao contrato. Nunca aceite menos do que o necessário para cobrir os riscos envolvidos.
Contratos imobiliários geralmente possuem prazos longos, e muitos esquecem que as garantias precisam ser revisadas e atualizadas periodicamente. Não fazê-lo é um erro que pode comprometer a proteção contratual.
Por exemplo, se a garantia é um imóvel, o valor de mercado pode mudar ao longo dos anos. O mesmo acontece com fianças pessoais, em que o garantidor pode enfrentar dificuldades financeiras inesperadas.
Estabeleça cláusulas de revisão periódica das garantias para garantir que elas continuem adequadas às condições contratuais. Essa prática simples pode evitar prejuízos e proporcionar maior tranquilidade durante toda a vigência do contrato.