Os 5 Maiores Erros que Advogados Cometem em Investigações Patrimoniais

Os 5 Maiores Erros que Advogados Cometem em Investigações Patrimoniais

Advogados costumam cometer erros graves durante investigações patrimoniais, o que pode comprometer o sucesso dos seus casos. Conhecer os principais equívocos ajuda a evitar armadilhas e proteger os interesses dos seus clientes. Vamos analisar os cinco maiores erros que advogados cometem em investigações patrimoniais e como evitá-los para garantir resultados mais eficazes.
Erro #1: Falta de Planejamento Estruturado

Um dos maiores erros que advogados cometem é iniciar uma investigação patrimonial sem um planejamento adequado. A pressão de um prazo apertado pode levar muitos a agir por impulso, sem definir claramente as etapas da investigação ou os recursos necessários.

O planejamento é crucial para garantir que todas as áreas de interesse sejam cobertas. Sem uma estratégia definida, é fácil perder tempo e recursos em caminhos que não levam a informações relevantes. Um bom advogado sabe que um plano de ação bem elaborado evita retrabalho e aumenta as chances de sucesso.

Além disso, a ausência de planejamento aumenta o risco de se omitir detalhes importantes, como a investigação de empresas offshore ou propriedades ocultas. O planejamento não só ajuda a definir uma linha de investigação, mas também assegura que cada detalhe relevante seja levado em consideração, minimizando as chances de surpresas indesejadas no tribunal.

Erro #2: Subestimar a Complexidade das Estruturas Patrimoniais

Outro erro comum é subestimar a complexidade de algumas estruturas patrimoniais. Em muitos casos, advogados tendem a adotar uma visão simplista, acreditando que apenas uma pesquisa básica revelará todos os bens e ativos do investigado.

O problema surge quando se lida com estruturas patrimoniais sofisticadas, como holdings, empresas offshore ou até mesmo trusts. Essas ferramentas são frequentemente utilizadas para ocultar bens e dificultar a identificação de patrimônios reais. O advogado que não estiver preparado para desvendar esses mecanismos corre o risco de apresentar um relatório incompleto ou impreciso.

Para evitar esse erro, é essencial estar familiarizado com a legislação que rege essas estruturas e contar com o apoio de profissionais especializados, como contadores forenses e investigadores financeiros. Subestimar a complexidade pode fazer com que ativos valiosos passem despercebidos, prejudicando os interesses de seu cliente.

Erro #3: Dependência Excessiva de Fontes Públicas

Embora as fontes públicas de informação sejam valiosas, confiar exclusivamente nelas é um erro grave. Muitos advogados limitam sua investigação a registros imobiliários, cadastros de veículos e outras fontes acessíveis ao público, ignorando que bens e ativos podem estar ocultos de maneira sofisticada.

As informações públicas, embora úteis, têm suas limitações. Bens podem estar registrados em nome de terceiros, empresas podem ser usadas para esconder propriedades, e fundos podem ser movidos por meio de contas no exterior. Quando o advogado não investiga além das informações superficiais, ele corre o risco de deixar passar ativos importantes.

A chave é usar uma abordagem multifacetada, combinando fontes públicas com investigações privadas e análises financeiras mais profundas. Técnicas de due diligence avançadas, como cruzamento de dados, podem revelar inconsistências e trazer à tona ativos escondidos que não aparecem em registros públicos tradicionais.

Erro #4: Não Considerar a Atualização Constante das Informações

Outro erro frequente é a falha em garantir que as informações coletadas estejam sempre atualizadas. No mundo moderno, a movimentação de bens e ativos é extremamente dinâmica, e confiar em dados antigos pode levar a erros fatais.

É comum que advogados façam uma investigação patrimonial em um determinado momento e não atualizem as informações conforme o caso evolui. Isso pode ser um erro crítico, especialmente em casos onde o investigado está ativamente tentando ocultar seus bens.

Para evitar esse problema, é vital implementar uma revisão contínua das informações patrimoniais até o fechamento do caso. Ativos podem ser vendidos, transferidos ou escondidos de maneira estratégica. Um advogado que não monitora essas mudanças corre o risco de basear suas decisões em informações desatualizadas, prejudicando a eficácia da investigação.

Erro #5: Não Contar com Especialistas em Análise Financeira

O último erro que advogados costumam cometer é não recorrer a especialistas em análise financeira para apoiar a investigação patrimonial. Muitos advogados acreditam que conseguem lidar com todos os aspectos da investigação sozinhos, o que pode levar a conclusões incompletas ou equivocadas.

Investigações patrimoniais complexas exigem habilidades específicas que muitas vezes vão além do conhecimento jurídico tradicional. Peritos contábeis e financeiros são treinados para identificar padrões e irregularidades em registros financeiros que podem passar despercebidos por alguém sem essa expertise.

Ao incluir especialistas na equipe, o advogado garante uma análise mais precisa e detalhada dos ativos, aumentando significativamente as chances de sucesso na identificação de bens ocultos. Ignorar essa necessidade pode significar a perda de informações valiosas e, consequentemente, enfraquecer o caso do cliente.